Buenas e me espalho! E como consta no Livro Agenda Gaúcha 2023, (nesta 20ª edição contando a história da erva-mate e do chimarrão, que na edição de 2024 (já nas bancas), traz a história dos 50 anos de nativismo no RS, por 14 eventos pioneiros em atividade), informamos: Dia 25 é Internacional do Doador de Sangue; Dia 26 Nacional da Ação de Graças; Dia 27 Dia do Técnico de Segurança do Trabalho e Mundial da Luta Contra o Câncer; Dia 28 do Soldado Desconhecido; Dia 30 do Estatuto da Terra, do Síndico e do Teólogo; Agradecendo a Deus por poder escrever e ser lido, o invoco para dizer sobre: OS TAURAS CHAMADOS CHICO LUIZ e JULIANO JAVOSKY.

 

Na sexta feira dia 18 de novembro, aconteceu em Santa Cruz do Sul um evento muito interessante no restaurante Coma Bem, do nosso amigo Turco, (companheiro de Rotary), que vem promovendo a cultura regional gaúcha em seu estabelecimento, uma vez por semana, por jantares/shows, muito concorridos.

 

Desta feita, foi lançado um livro que traz a vida de 40 anos de carreira artística de Juliano Javosky, da lavra de Chico Luiz, seu colega de trabalho e de arte, uma espécie de irmão do homenageado, que pelo sobrenome, já se vê que é descendente polonês. A décima etnia das 12 que formam o mosaico da estirpe gaúcha brasileira.

 

Chico Luiz eu conheci quando cheguei na capital rio-grandense no início da década de oitenta, era um moço moreno, franzino, alegre, falante, (funcionário da União de Seguros Gerais, subsidiária do Banrisul), que andava numa moto CB400, entusiasmadíssimo com o que Porto Alegre, vinha, (por intermédio do Movimento Tradicionalista Gaúcho, churrascarias e bares com musicalidade regionalista, principalmente pela nossa Pulperia), se descobrindo como capital de todos os gaúchos e gaúchas.

 

Isso agitou tanto essa geração, que em 1982, Chico Luiz se tocou de Porto Alegre a Uruguaiana, acavalo na sua moto, pra nos assistir na 12ª Califórnia da Canção Nativa, (quando a nossa Picardia, ganhou a Calhandra de Melhor Arranjo), inclusive motivando o Chico a compor suas primeiras poesias e letras, sendo musicadas pelo seu colega de oficio, conterrâneo, Juliano e a dupla não parou mais de compor.

 

Javoski veio a furo na terra do carvão mineral, na cidade de Butiá, RS, no dia 31 de dezembro de 1955, filho da dona Maria de Souza e do seu João Javoski. Contam que quando guri, ele fez seu primeiro violãozinho, de uma lata de querosene Jacaré, com cabo de tábua e cordas de pescar. Esse foi o primeiro sintoma que um artista genuíno tinha sido parido na carvoeira cidade.

 

E foi também na década de 1980, que o jovem Javoski dá seus primeiros voos no mundo musical gaúcho, participando das saudosas tertúlias do 35CTG em Porto Alegre, e dali aos palcos dos festivais foi um pulo, granjeando êxito como compositor, instrumentista e cantor, em parcerias com o Chico Luiz e consequentemente, com outros nomes hoje grandes da nossa musicalidade, como ele próprio e o Chico, que logo mudou-se para Santa Cruz do Sul, aonde segue radicado.  

 

Assim reverencio a iniciativa do Chico, de escrever a história do seu maior parceiro, e Juliano por nunca ter recuado um paço em sua autenticidade, desejando ver gigante esse movimento musical regionalista, pelos festivais, que lhe fez merecedor de tantas gravações, prêmios e o remeteu aos palcos argentinos, por chamamés, e agora está imortalizado num livro, de seu melhor amigo.

 

Para pensar: Historicamente na humanidade, tem irmãos de sangue que não se dão, enquanto ao mesmo tempo fazendo história, tem amigos que viram irmãos de fato!

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