O contrário de forte é fraco, de ruim é bom, de escuro é claro e ponto final. Quem dera fosse tudo “preto no branco” como dizem por aí. Vez ou outra conto mentiras sinceras, quem nunca? Ou jamais receberam um presente e fingiram gostar? Esses dias assisti ao filme do Napoleão Bonaparte e estava curiosa para saber como seria o enredo sobre uma das figuras mais emblemáticas da história. Pois bem, não demora muito para que nos mostrem as fragilidades do ambicioso imperador, que apesar de iniciar uma era, era na verdade, corno. Não riam, ou riam, mas o filme dirigido por Ridley Scott - o mesmo do Gladiador, divide a atenção entre os feitos militares e a relação de Napoleão com Josefina ou Josephine.  

Como não li nada a respeito do filme antes de assisti-lo, imaginava sair do cinema com a figura do Napoleão estrategista, mas fui embora rindo com a imagem do imperador corno. Não digo com isso que o longa-metragem não valha a pena, pelo contrário, é sempre bom pensar os fatos e personagens históricos sob outra perspectiva. Da mesma forma, qualquer filme que retrate uma época (principalmente quando não são uma reprodução fiel dos livros de história) nos força a voltar a dar uma estudada, inclusive no cenário político, para que possamos relembrar o contexto do período e justamente entender o que é real ou ficção. E isso a trama nos oferece aos montes, há vários acontecimentos que nos instigam pesquisar se aconteceram daquela maneira mesmo. 

O polêmico filme de Napoleão mostra justamente que nada é tão “preto no branco” e que cornos podem ser perigosos. Juro que vou parar de gracinha, mas não pude evitar a piada. Afinal, não é possível ser sério o tempo todo. Nem gostar só do azedo, ou só do doce. Eu adoro sair, mas também gosto de ficar em casa, principalmente nos dias de chuva. Tem vezes que assisto a um filme de três horas concentradíssima, em outros dias nada prende minha atenção por mais de trinta minutos. Em determinados momentos sou a pessoa mais quinta série, em outros tenho que cuidar para não franzir a testa demais e ter que começar a gastar com botox. A vida é assim, colorida e variada demais para ser tão “preto no branco”.  

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