“Então é Natal e o que você fez?” Ou não fez. A gente cresce e não espera mais o Papai Noel, que triste! Não lembro especificamente de uma comida, mas caso tivesse que descrever, diria que Natal tem cheiro de infância e gosto de brigadeiro. Os Natais unem famílias, amigos, relembram pessoas. Natal é saudade do que já foi mesmo que seja presente. Mas não é presente, é presença, é lar.  

E a gente celebra a vida justamente no último mês, quando o ano já foi embora. É tempo de festa ou de introspecção? Ou dos dois? Tanto faz, o importante é estar junto de quem amamos. Há os organizadores das festas da família e os meros participantes. Há quem faça questão do amigo secreto e quem queira fugir da tia mala. Tem o grupo dos fãs de uva passa e dos que a colocam no canto do prato. 

Independente de qual figura seja você, aproveite essa data (embora todas as críticas a essa comemoração). Não penso o Natal como uma data essencialmente capitalista, até porque é justamente nessa época que as pessoas se tornam mais solidárias e criam memórias mais humanas. Lembro de uma vez que passeamos por bairros de crianças carentes distribuindo doces no dia 25 de dezembro, foi uma das coisas mais incríveis que já fiz no Natal e sempre me cobrei porque nunca mais repeti. 

“Então é Natal e o que você fez?” Ou não fez? Ainda dá tempo! Não se preocupe com presente, mas seja presença. São as lembranças que irão permanecer nos corações de quem amamos. Unam-se para comer panetone, chamar a atenção da pirralhada e limpar a sujeira no outro dia. Azar, é só um dia. Ou não. Tanto faz. As memórias serão o presente. Feliz Natal a todos! 

Fernanda Ripol Cavalheiro OAB/RS 99386

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