Buenas e me espalho! E como consta no Livro Agenda Gaúcha 2024 em seu segundo mês, contando a história dos 50 anos de nativismo gaúcho por 14 de seus festivais de música, pioneiros em atividade, informamos que: Dia 9 é do Zelador; Dia 10 do Atleta Profissional; Dia 11 Mundial do Enfermo; 14 do Amor e da Amizade.  Agradecendo a Deus por poder escrever e ser lido, o invoco para dizer sobre: O PORQUÊ DAS CAVALGADAS GAÚCHAS.

O Movimento Tradicionalista Gaúcho / MTG, nasceu liderado por Paixão Cortes, de uma cavalgada urbana, realizada em 1947 pelo Grupo dos 8, em escolta aos restos mortais do General Farroupilha David Canabarro, trazidos de Sant´Ana do Livramento para o Panteon Farroupilha do Cemitério da Santa Casa em Porto Alegre.

Alguém poderia dizer, (mas bem antes disso o Rio Grande fora feito no lombo do cavalo, logo as cavalgadas iniciaram nesse tempo), sim e não, porquê essas não eram cavalgadas a passeio ou em culto a heróis, e sim de viagens em necessidades da lida campeira ou bélicas pelas revoluções, sendo o cavalo há época o único veículo.

Bem como me contou Paixão da façanha de 1947, tendo conseguido cavalos com o exército e arreios com os amigos, ele saiu a cavalo do Menino Deus e os demais do Partenon, justamente do Regimento Osório. Ambos em direção ao ponto de encontro, no Parque Farroupilha, e de lá seguiram para a Avenida Farrapos, na altura do hotel Umbu.

Ali eles pegaram o embarcado cortejo que vinha do aeroporto, liderado pelo carro dos bombeiros, com os ossos do General Canabarro, indo em direção ao Cemitério da Santa Casa, em guarda do nosso David a Praça da Alfândega. Porém teve uma parada estratégica da comitiva embarcada e seus cavaleiros, na Praça da Alfândega. Nessa  parada algo maravilhoso aconteceu pra nossa cultura regional, (o destino apresentou Paixão Cortes ao jovem jornalista da Caldas Junior, Barbosa Lessa, que fora destacado à dar cobertura ao evento para o Correio do Povo), sujeito que transformando-se em seu melhor amigo e aliado na defesa da cultura gaúcha, tanto que somado ao Glaucos Saraiva, eles criaram o mundo dos CTGs.

Desde então, a natural proliferação dos centros de tradições, piquetes e de grupos ligados ao cavalo, várias cavalgadas foram surgindo, (todas de cunho cívico, cultural e ou social), como exemplo a Cavalgada do Mar em 1984, contrária a venda do banco Sul Brasileiro; a Cavalgada Internacional da Paz, criada por Nico Fagundes em 1990 à dar força de paz aos roteiros outrora feitos nas guerras; a Cavalgada da Chama recriada pelo MTG (não sei em que data), mas pelo ato de 1947 quando o G8, no dia 7 de setembro pegaram uma centelha do Fogo Simbólico da Pira da Pátria em Porto Alegre, criando a Chama Crioula, viva até hoje; a Cavalgada Farroupilha, que desde 1993 traça rotas turísticas e produz filmes documentários, homenageando nossos heróis do passado e do presente; dentre outras não menos importantes, mas que nos falta espaço para citar formalmente, ficando aqui nosso reconhecimento espiritual.       

Finalizando salientamos que desde então, a primeira cavalgada do ano, tem sido a do MAR, donde milhares de pessoas se movimentam entre Palmares do Sul a Torres, (e vice-versa no ano seguinte), acendendo a chama nas almas gaúchas, de “Fazer Pátria Semeando Cultura”, como nos ensina o lema dos Cavaleiros Farroupilhas.

Para pensar:  Se a cavalo, o Rio Grande se fez no Brasil, a cavalo seguiremos fazendo gaúchos e gaúchas em todas as querências, por um País melhor!

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