“O procedimento dos homens cultos para com o
povo experimentará elevação crescente à medida que o Evangelho se estenda nos
corações. Infelizmente, até agora, raramente a multidão tem encontrado, por
parte das grandes personalidades humanas, o tratamento a que faz jus. Muitos
sobem ao monte da autoridade e da fortuna, da inteligência e do poder, mas
simplesmente para humilhá-la ou esquecê-la depois. Sacerdotes inúmeros
enriquecem-se de saber e buscam subjugá-la a seu talante.
Políticos
astuciosos exploram-lhe as paixões em proveito próprio.
Tiranos
disfarçados em condutores envenenam-lhe a alma e arrojam-na ao despenhadeiro da
destruição, à maneira dos algozes de rebanho que apartam as reses para o
matadouro.
Juízes menos
preparados para a dignidade das funções que exercem, confundem-lhe o
raciocínio.
Administradores
menos escrupulosos arregimentam-lhe as expressões numéricas para a criação de
efeitos contrários ao progresso.
Em todos os
tempos, vemos o trabalho dos legítimos missionários do bem prejudicado pela
ignorância que estabelece perturbações e espantalhos para a massa popular.
Entretanto, para a comunidade dos aprendizes do Evangelho, em qualquer clima da
fé, o padrão de Jesus brilha soberano. Vendo a multidão, o Mestre sobe a um
monte e começa a ensinar...
É imprescindível
empenhar as nossas energias, a serviço da educação. Ajudemos o povo a pensar, a
crescer e a aprimorar-se. Auxiliar a todos para que todos se beneficiem e se
elevem, tanto quanto nós desejamos melhoria e prosperidade para nós mesmos,
constitui para nós a felicidade real e indiscutível. Ao leste e ao oeste, ao
norte e ao sul da nossa individualidade, movimentam-se milhares de criaturas,
em posição inferior à nossa. Estendamos os braços, alonguemos o coração e
irradiemos entendimento, fraternidade e simpatia, ajudando-as sem condições.
Quando o cristão pronuncia as sagradas palavras “Pai Nosso”, está reconhecendo não
somente a Paternidade de Deus, mas aceitando também por sua família a Humanidade
inteira”.
Mensagem
mediúnica, ditada pelo Espírito Emmanuel, na psicografia de Chico Xavier, no
ano de 1956, livro Fonte Viva.