
Buenas e me
espalho! E como consta no Livro Agenda Gaúcha 2025, informamos que: Dia 25 é do
Contabilista e do Despachante Aduaneiro; Dia 26 da 1ª Missa no Brasil, do
Engraxate e do Goleiro; Dia 27 da Empregada Doméstica e do Sacerdote; Dia 28 da
Educação, da Sogra e do Cartão Postal; Dia 29 Mundial das Associações Cristãs
Femininas; Dia 30 do Ferroviário e Nacional da Mulher; Dia 1º de maio do
Trabalho e da Literatura Brasileira. Agradecendo à Deus por poder escrever e
ser lido, o invoco para dizer sobre: O
52º FESTIVAL DA BARRANCA.
Há 53 anos surgiu no município de São
Borja, por sugestão do cantor, compositor, bailarino Carlos Castillos, promovido pelo Grupo de Arte Os Angueras, o
folclórico Festival da Barranca em 1972, originário dos acampamentos de Páscoa
do grupo iniciado em 1962. O festival se notabilizou por suas
características próprias por ser temático, só para artistas do sexo masculino,
que no evento compõem letras e músicas de determinado tema, dado 24 horas antes
da apresentação.
Eu iniciei como barranqueiro em 1977
ou 78, pelas mãos do meu saudoso parceiro de música José Luiz Vilela, depois
estive na Barranca em 1982 ou 83, quando o tema fora PAI DE FOGO, concorrendo
em parceria com o também saudoso José Atanásio Borges Pinto e desde então, por
força maior, não pude mais ir ao célebre evento, ao qual nesta edição por acaso
retornei.
Meu filho Renato Fagundes de Abreu
Sobrinho foi quem me arrebatou ao lendário “comício de espíritos” da Semana
Santa, e, na terça-feira dia 15 de abril, às 8h30, partimos em caravana de
Porto Alegre rumo as Missões. Chegando
em Santo Ângelo de tardezinha, fomos cumprir agenda artística na tradicional Feira
do Peixe no distrito do Buriti, aonde o povo nos esperava para ver o show da
caravana cultural porto-alegrense. De lá, após às apresentações e do magnífico
jantar de peixe regado a vinho, reembarcados no ônibus especial do evento,
fomos para o acampamento, montado a beira do Rio Uruguai, chegando lá depois
das 2 horas da madrugada de quarta-feira, tendo a vizinha Argentina como
testemunha do congraçamento musical que clareou o dia, e, dos banhos de rio da
turma para matar a ressaca.
Quarta-feira de noite foi a vez de
cantar para o povo de São Borja na praça central, repleta de gente que por mais
de 2 horas viveu e aplaudiu o talento dos artistas barranqueiros, que logo do
show voltaram ao reduto nativo do mato e do rio, para jantar carne de panela,
regada a chope são-borjense de alta qualidade e o que mais quisessem, fornecido
pelo bolicho do acampamento.
Quinta-feira de noite depois da janta,
foi dado por aberto a 52ª edição do nobre festival, (que só não se realizou em
um ano da pandemia), e como sempre a noite ficou pequena para a bela tertúlia
dos barranqueiros, aonde fui chamado para cantar a minha música de letra do
Atanásio, que apresentei da mesma forma da década de 1980, solito ao violão,
o tema Pai de Fogo em Horizonte Perdido.
Sexta-feira de tardinha rolou a campo
um lindo sarau de poesias, que dezenas de recitadores espontaneamente
participaram, e logo do anoitecer, seguiu-se jantar com tertúlia no palco
principal do teatro galpão, construído no meio do mato na costa do rio, quando
foi declarado o tema da edição 2025 – VALOR, para que os participantes
iniciassem suas obras. Á isso, inaugurei parceria com meu filho, compus a letra
VALOR DE CRISTO, musicada pelo Renato Fagundes, exibida por nós dois tocando e
cantando, (tendo o rico costado dos artistas Claiton Scouto na gaita e Tiago
Munari no contra baixo). No sábado de aleluia, depois da janta, subiu ao palco as
20 concorrentes classificadas dentre 33 inscritas, e que para glória da estreia
(pai e filho) de parceiros em composição musical, rendeu o segundo lugar do certame,
que teve em terceiro lugar Sabe Sim de Cabo Deco e Sérgio Rojas, e, em primeiro lugar Por Ser Estrada, de Diego
Muller e Dezidério Souza. Curiosidade, não querendo me exibir, nas 3 premiadas desta
Barranca, 3 autores são uruguaianenses!
Logo do desfecho das premiações,
embarcamos no ônibus especial e retornamos à capital, regozijados!
Para pensar: Quando a sintonia dos seres humanos pelo
pensamento e atos são do bem, tudo é luz, do contrário é trevas. Que bom que há
mais de meio século o Festival da Barranca é reino de luz!